terça-feira, 7 de setembro de 2010

O público é desumano

Chorei de tristeza, não de raiva ou desespero, mas sim de tristeza. As lágrimas
simplesmente rolaram pelo rosto e pensei: não é justo que a tratem assim, logo ela, logo
eles, logo as crianças que nem tiveram a oportunidade de brigarem pelos seus direitos, de interferirem na própria história, que vivem ainda a vida de seus pais.Tornei a permitir que as lágrimas corressem pelo rosto acompanhadas de questionamentos. Como podemos nos tratar tão mal? Como o ser humano pode destratar-se? Meu Deus! Sim, só Deus para mudar essa realidade. É preciso acreditar nisto, pois Ele sendo um ser Sobrenatural talvez entenda mais de humanidade do que os homens. Ou talvez devesse apelar para um computador, sabe o filme “inteligência artificial”? É isso. Quando as máquinas tomarem o lugar do homem, o mundo passará a ser humano. Por enquanto isso tudo ainda é desumano.Não estou mais naquela sala desorganizada, em que os pacientes descansam com a televisão ligada e alta no canal que noticiam mortes; onde é necessário levantarem do leito para tomar os medicamentos. Estou do lado de fora daquele hospital público.E mais uma vez as lágrimas rolam e com elas concluo que o meu, o eu, o individual é o melhor enquanto o nosso, o todos, o juntos, o público, é desumano.

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