segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um pedido de desculpas


Ana: Alô, quem fala?
Paula: Oi! É a Paula. Tudo bem com você, Aninha?
Ana: Ah, tá.
Paula: Estou SUPER arrasada, nem consegui me concentrar direito na aula. (fala com voz tremula).
Ana: É? Por quê?
Paula: Porque quando cheguei ao colégio e não te vi, ai amiga! Fiquei arrasada, minha pressão baixou e tudo! Daí a Pri me levou para a enfermaria.
Ana: Ham-ham...
Paula: É que fiquei mal com o comentário que fiz ontem, amiga. Daí, como não te vi hoje, pensei que estava chateada comigo, Aninha. Você ficou? Pois não fiz por mal. Me desculpe se a magoei.
Ana: Você pensa o quê, hein Paula? Que eu sou alguma tonta que você pode destratar quando quiser?
Paula: Não, Aninha. Jamais pensei ou pensaria tal coisa de você.
Ana: E, você pensou em quê quando disse que minha bolsa era ultrapassada e tinha a cara de minha mãe?
Paula: Aninha, não foi bem assim. Eu disse que a bolsa não era moderna e dava a impressão que tinha mais idade com ela.
Ana: Para mim é a mesma coisa! E o pior é que falou na frente de todo mundo me humilhando.
Paula: Ana, só tava eu, você e a Pri. Como assim na frente de todo mundo?
Ana: Olhe, Paula, vamos encurtar a conversa, pois não quero perder tempo conversando com você. O caso é que não gostei da sua atitude, entendeu? Se você fosse minha amiga de verdade não me diria aquelas coisas!
Paula: Aninha, penso diferente. Se somos amigas devemos dizer uma a outra não somente o que queremos ouvir, mas o que precisamos.
Ana: Pense o que quiser...
Tum, tum, tum
Paula: Alô? Aninha? Ana...

Minutos antes de Paula ligar para Ana.

Ana: Alô!
Pri: Oi Ana. Sou eu a Pri.
Ana: Fala Pri.
Pri: Paula fingiu que passou mal hoje no colégio, dizendo ela que ficou com a consciência pesada do que ela fez com você ontem. Disse que assim que chegasse em casa ia ligar para você para lhe pedir desculpas.
Ana: Que chatão, isso que aconteceu com ela, né?
Pri: Você é boba é Ana? Ela tá é de gozação com você. Se eu fosse você, batia o telefone na cara dela, assim ela aprenderia a te tratar bem e não fazer chacotas. Eu também concordo com o que Paula disse da sua bolsa. Parecia realmente ser da sua mãe. Realmente era uma bolsa super horrorosa, tanto que nem quis dá uma volta no shooping com você ontem por causa disso. Mas jamais tiraria onda da sua cara na frente dos outros como ela fez. Todo mundo sabe que você é assim, não tem gosto nenhum para se arrumar. Já até pensei em te escrever naquele programa que ensina a mulher a se arrumar bem, porque cá pra nós você se veste muito mal! É cada roupa que você me aparece! No outro dia quando você apareceu com aquela roupa laranja, eu e as meninas da aula de dança, não se deu (não ta conjugando), apelidamos você de salva-vidas.(solta risos) Mas nunca te disse nada, pois acho que isso é pessoal entendeu, Ana?
Ana: Sim.
Pri: Pô, Ana você é minha amiga não quero vê ninguém zoando da sua cara, por isso acho que deve se sair dela.
Ana (chateada): É isso mesmo! Vou deixar de ser besta. Vou ficar aqui esperando ela ligar e vou soltar o verbo em cima dela.
Pri: Faça isso amiga e me liga para me contar tudo. Bjsss.
Ana: beijos, amiga.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Legalizar ou discriminar a maconha?


Nunca se discutiu tanto a respeito deste assunto como hoje. Passeatas pelas cidades são feitas na intenção da legalização; passeatas também são impedidas de acontecerem na intenção da discriminação.
A torcida do “legaliza” diz: com a legalização os furtos e roubos iram diminuir, pois a maconha seria como o álcool, uma droga encontrada em toda esquina e, com a facilidade do acesso, não será preciso traficar.
Os “discrimina” afirmam: Se legalizarmos a maconha estaremos abrindo porta para a proliferação de outras drogas, pois muitos usuários de drogas que hoje temos na sociedade começaram pela maconha.
Os pontos de vista de cada grupo é algo que deve ser analisado.
Porém, vamos pensar que a torcida da legalização venceu. Todos estão livres para fumar a verdinha tranquilamente nos parques, nos bares, nas ruas (ainda que muitos digam que isso já aconteça) na televisão a propaganda da maconha estamparia na tela:
“Está chateado, estressado, triste? Seja qual for a sua situação. O HAXIXE resolve isso para você. Com ela você viaja para bem longe de tudo e todos. Haxixe porque fumar faz bem”.
O ministério da saúde adverte fumar maconha pode causar danos a sua saúde. Fume com moderação.
E como ficaria o trânsito no Brasil? Afinal de contas a lei seca, que não está tão seca assim, tem a intenção de diminuir o numero de mortes nas estradas brasileiras. Com a maconha na ativa como isso ficaria?
Entraríamos na campanha. Se fumar não dirija.
Não seria uma forma original de vencer o problema, mas as blitz se encarregariam do restante. Assim como existe o teste do bafômetro, bolaria o teste do macômetro. Um manual de perguntas e respostas que identificaria se a pessoa estaria chapado ou não para dirigir.
Então, o guarda pararia um carro e pediria, com gentileza, para que o condutor saísse do veículo e faria a seguinte pergunta:
- O senhor ingeriu bebida com álcool?
- Não, eu só fumei uma maconhazinha.
- O senhor não sabe que fumar e dirigir é proibido?
- É, seu guarda, mas fumei dentro do limite.
- Bem, isso iremos vê quando o senhor passar pelo teste do macômetro. Por favor, o senhor deverá responder algumas perguntas e conforme suas respostas saberemos se fumou além do que é permitido por lei.
- É moleza, pode fazer.
Com o manual na mão o guarda faz as perguntas:
- O senhor está tonto?
- Não seu guarda.
- Senti-se sonolento?
- Não seu guarda.
- Você viu alguma coisa de anormal na estrada?
- Não seu guarda.
- Você está vendo alguma estrela no céu?
- Sim, seu guarda, é noite lembra? Há muitas estrelas no céu.
- Ok. O senhor está livre. Suas respostas checam com as que estão no manual. O senhor não está no estagio de alucinações por isso não há perigo de retornar para casa em segurança.
- Pô, ainda bem seu guarda (fala dirigindo-se ao carro). Sabe, aquele cara me deu a maior ajuda nas respostas (liga o carro).
- Que cara senhor?(pergunta o guarda com o Q de preocupação).
O homem responde arrancando o caro:
- O cara de violão na mão e roupas brancas que está em cima daquela estrela perto do coelhinho da páscoa.

Pois é. Acho que existem muitas coisas para se discutir dentro do assunto “legaliza ou discrimina a maconha”.

terça-feira, 19 de maio de 2009

A dor


Por vezes a dor é maior do que a alegria que sentimos a vida inteira.
A lembrança do que é bom, do que ocasionou a alegria, transforma-se em choro.
E é horrível chorar, senti-se vazio pela dor, desnorteado pela tristeza, enfraquecido pela saudade.
E quando nos sentimos assim, por mais que tentamos, não conseguimos que a alegria venha e sufoque os traumas da perda, da distância, do nunca mais, do adeus.
Fica a dor latente na alma, o choro nos olhos, e uma alegria perdida, até um dia que decidimos lutar novamente por ela, e permitimos que a dor continue na alma, apenas como uma lembrança, em silêncio.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

VOCÊ NÃO MERECIA ...

Quando a vi com o braço enfaixado, não me contive. Logo me aproximei dela, sentei-me ao seu lado, e perguntei o que havia acontecido. A resposta veio tão depressa quanto a minha curiosidade: “Eu fui assaltada”. Tornei-me muda, incapaz de dizer alguma palavra, até porque sabia que as palavras não apagariam o dia em que aquele episódio aconteceu. Então, ela acrescentou: “a verdade é que nesse semestre tem me acontecido coisas ruins”. E eu bem sabia quais eram essas coisas.
No inicio do semestre, conversando com as minhas amigas, uma delas me passou o que estava acontecendo com aquela pessoa de voz tão doce e jeito meigo. Não pude acreditar e, iludida de que poderia ser uma informação furada, fui desiludida ao ler o blog das ilusões onde tudo confirmava.
Agora a vendo passar por mais uma situação, recordei-me da primeira e a primeira tristeza me veio à tona.
Continuei ali, sentada ao lado dela, observando pela janela a chuva que começara a cair do lado de fora e dentro de mim.
Aventurei-me depois, a trocar algumas palavras com aquela pessoa de pele rosa e pintinhas enferrujadas, nada que alimentasse a sua alma. Na verdade, cumpri o papel da estudante chata, busquei da professora admirada opiniões em relação a alguns projetos, pois sabendo que ela vai se distanciar queria sugar uma vez mais do seu conhecimento.
O evento que nos aproximou terminou e cada uma foi para o seu canto, porém algo ainda me prendia a ela: a vontade de ajudá-la e a vergonha de ter omitido palavras que poderiam ter sido ditas, ainda que não valesse nada para ela naquele momento. Mas, ao menos, não existiria a sensação de frustração. Frustração de não ter dito nada, de nada ter feito, de nem ao menos tê-la protegido com as minhas orações.
Continuo sentada. Não ali, mas aqui. Em frente a uma tela fria passando para ela frases, na intenção de que se forme um texto feito como pretexto para aquela pessoa querida, na intenção de que leia e compreenda a minha covardia e fique sabendo das palavras que diria naquele dia: “Você não merecia...”

quarta-feira, 13 de maio de 2009

SOU MADAME SIM !

O cheiro que vinha da cozinha denunciava que algo bom estava sendo feito. Era um peixe assado, mas não um qualquer, e sim, o legitimo salmão.
-Hum! Salmão hein! Quando digo que você é madame.
Declarou a minha amiga quando contei que este tinha sido o prato principal do jantar preparado para um casal de amigos. Retruquei com ela um pouco chateada:
- Não sou nada madame, esse peixe nem é tão caro assim, outro dia estava na promoção!
Não queria ser considerada madame, pois imaginava uma perua, esnobe, cheia de orgulho e preconceitos. Porém, agora em que mais uma vez vou até a cozinha preparar um salmão como o jantar da noite para o meu marido, percebo que eu sou sim, uma madame e sinto-me extremamente feliz ao ponto de gritar: EU SOU MADAME SIM!!!!!!!!
Não por ser orgulhosa, preconceituosa, ou seja, lá o que disse antes, porém porque em uma quarta-feira posso preparar um salmão, sem que esteja esperando visitas, somente para mim e o meu maridão. Tenho que gritar: EU SOU MADAME SIM!
Contudo esta minha afirmação, tem embasamento teórico, até porque Henrique, não o Cardoso, outro, que também já estar distante de nós, que Deus o tenha, jamais me permitiria falar tal coisa sem fundamentação. Então ai está: milhões de pessoas vivem com menos de 2,00 reais por dia. Onde encontro esse dado? Nas esquinas, praças, ruas, ruelas, becos, morros, favelas, no mundo, na vida, na minha história.
Não foi sempre que pude comer um peixe nobre. Já comi muitas sardinhas inteiras e divididas. Ovo? Nem se fala. Com farinha? Que maravilha. A água? Ajudava a descer a comida que não desprezávamos e sempre agradecíamos.
História que foi minha, mas que pertence a muita gente hoje. Sou madame sim. Conquistei isso com o incentivo dos meus pais a buscar conhecimentos, além de princípios e valores que eles implantaram em mim. Era o que eles tinham e sabiam que se seguisse a minha vida seria melhor.
E eu agora madame, fico na torcida de que muitas surjam, a ponto de que madame seja quem come caviar, que por enquanto, “nunca vi, nem comi, eu ouço falar...”

terça-feira, 12 de maio de 2009

O importante é que um texto escrevi...

Não sou Roberto Carlos, mas como ele vivo muitas emoções, e se não posso pela canção expressar, este blog criei para delas falar, assim aqui cada assunto em texto irá se transformar. Porém sei, que muito do que escrever, nem todos irão aceitar, e aí críticas sobre mim vão jorrar, mas uma coisa é bom clara ficar, se os textos você ler, agradeço, mas se não, usarei disso como pretexto e escreverei outro texto.